#JFpramim e o Desafio do Cavalo do Contra
quarta-feira, agosto 23, 2017
Hoje fui pela centésima vez, dar uma volta no Museu Mariano Procópio. O museu fica perto da minha casa e tem uma vista linda. Gosto de dar uma volta por ele sempre que quero ficar sozinha e fugir um pouco do barulho do centro da cidade. Cresci em bairro, com barulho de galinha e cachorro, e o som constante de carros, ônibus, músicas e pessoas na minha rua, às vezes me incomoda. A foto que ilustra o post foi tirada por mim, no museu. Minha intenção hoje, ao ir para lá, era apenas ler um texto para um exercício de amanhã e comer alguns biscoitos. Nem mesmo estava carregando minha compacta, que costumo levar quando quero tirar fotos em algum lugar. Eu não queria tirar fotos. Faz um bom tempo que não quero fotografar nada, e estava apenas levando a vida, assim.
Hoje resolvi que visitaria a casa. A casa é uma parte do museu (a casa rs) com algumas peças expostas, que diferente do resto da área, tem algumas regras. Você não pode entrar de mochila nem fotografar com flash. Não uso flash em nenhuma ocasião, mas me incomoda que enquanto eu olho as peças, tem alguém me observando — os funcionários, que precisam ver se não vou tocar em nada, e garantir que as peças continuem inteiras. Eu quase nunca vou lá, justamente porque sempre que vou, a casa está vazia, e eu sou a única pessoa olhando todas aquelas peças, pela milésima vez.
Dentro da casa eu acabei encontrando uma mesinha com alguns postais, enfileirados com cuidado uns sobre os outros, com um aviso para pegar apenas um. Se tratava de um projeto cultural em que uma coleção de postais de Juiz de Fora estariam espalhados por determinados pontos da cidade, totalizando dez postais diferentes. O que encontrei no Mariano Procópio era o postal de um prédio da cidade, que possui alguns painéis de cavalos correndo em uma direção. Achei uma coincidência interessante que algumas semanas atrás um amigo tinha me lançado um desafio relacionado a esses cavalos, e que paramos diante desse prédio por alguns minutos enquanto ele me falava sobre isso.
Consistia no seguinte: no mosaico, os cavalos de cada fileira correm em uma mesma direção. Porém, em uma dessas fileiras, em algum lugar do prédio, apenas um cavalo corre na direção contrária aos outros de sua fila. O desafio era encontrar o cavalo do contra, em um dia que eu estivesse com tempo e disposição suficientes para ficar parada no meio do calçadão olhando para um mosaico. A dica do meu amigo era que "a noite não dá para ver", o que me fez pensar que o cavalo do contra está nas últimas fileiras.
No ponto de ônibus, uma colega e eu procuramos pelo cavalo do contra. Só conseguíamos ver a metade esquerda do prédio e descobrimos que ele não está nela. Observei o postal por um bom tempo até descobrir que ele também não aparece nele. Só me resta agora os mosaicos próximo ao topo do prédio, do lado direito. Ainda não procurei, mas estou certa de que ele está lá. Desnecessário dizer que a decepção será imensa se eu descobrir que o cavalo do contra não existe.
Por algum motivo eu fiquei muito empolgada com a ideia desses postais, que são quase um PokémonGo da cidade de Juiz de Fora. Anotei os lugares onde eles estão disponíveis, e descobri que conheço a maioria, mas nunca os visitei de fato. Pretendo visitar todos e completar a coleção, que é na verdade só uma desculpa para eu conhecer os lugares mesmo. Eu diria que quero começar pelos que estão perto da minha casa, e ir expandindo, mas a verdade é que eu quero mesmo é começar ficando um bom tempo parada no calçadão, olhando pra cima, procurando o tal do cavalo do contra.
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4 comentários
Mari, só de olhar a primeira foto da tua postagem, já morro de curiosidade para ir visitar, pena que é looonge! É um pouco incomodo mesmo alguém nos observando, mas vale o "teste de paciência" quando o lugar é tão interessante quanto ao menos para mim, que onde moro não tem essas coisas, adoraria visitar um museu.
ResponderExcluirAchei interessante a ideia dos postais espalhados mesmo, além de incentivar as pessoas a visitarem os lugares, postais são coisas legais de se ter, na minha opinião. E conta aqui quando achar o cavalo do contra, eu adorei essa história, estranho e diferente esse fato todo, o que me atrai bastante.
E Mari, se der certo sua visita aos lugares e com os postais, adoraria saber mais sobre eles e sobre sua cidade. Estou parecendo uma turista né? mas aqui é escasso mesmo dessas coisas por motivos políticos que não preciso falar sobre kkkk. E inclusive, Procopio é o nome de um professor que eu prestei a prova de monitoria, você me lembrou de ir olhar o resuldadooooo! Me deseja sorte haha adorei a postagem.
Harmonizar | Beijos ♡
Menina, eu sou de cidade pequena, de onde eu vim só tem um museu, longe e difícil de chegar! Quando mudei pra JF fiquei toda empolgada com as possibilidades, na verdade aqui tem até mais coisas do que eu pensava que tinha (e nem é uma cidade tão grande assim hahaha).
ExcluirEu achei bem diferente também, logo que ele falou isso eu fiquei interessada em achar o cavalo. Costumava passar perto sempre e nem dava bola pro prédio, agora já fico querendo passar ali pra ver se encontro o cavalo. Quando achar, prometo que posto!
Vou tentar postar sobre todos os lugares, se conseguir. Boa sorte com a monitoria!
Eu achei essa ideia maravilhosa, e ficarei muito triste se o cavalo do contra não existir. Por favor, faça um post sobre ele, mesmo se for falso! Eu preciso saber o desfecho dessa aventura huahua
ResponderExcluirCom amor, ♥ Bruna Morgan ♥
Eu ainda não achei ele! Mas sempre que passo perto do prédio eu fico procurando hahahah' Tá rendendo história
ExcluirLeio tudo com carinho e respondo sempre que posso.
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