[Resenha] O Teorema Katherine - John Green

sexta-feira, março 29, 2013

Autor: John Green
ISBN: 9788580573152
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
Sinopse: Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.
Como dizer isso de uma forma clara? Eu amei esse livro!¹ O Teorema Katherine é divertido, empolgante, envolvente e tem um "quê" de ironia que torna o livro maravilhoso. Não consegui me desgrudar de O Teorema Katherine, li cada página com vontade e fiquei triste quando o livro chegou ao fim.

Depois de levar o fora da sua décima nona namorada chamada Katherine, o garoto prodígio² Colin sai em uma viagem sem rumo com seu amigo Hassan³ em uma tentativa de superar o fim do relacionamento. Colin e Hassan acabam chegando a Gutshot, uma pequena cidade com pouquíssimos habitantes, local onde descansa o arquiduque Francisco Ferdinando[4]. Em Gutshot, Hassan e Colin conhece Lindsey, uma garota com fala caipira, e sua mãe, Hollis. Nessa pequena cidade Colin começa a trabalhar no teorema que dá nome ao livro[5].

Senti muitas coisas enquanto lia O Teorema, algumas nem posso explicar. Senti que era parte da história, que era uma amiga dos personagens. É impossível não gostar deles, eles são tão fugging[6] divertidos que eu tive que parar de ler para rir, e não estou exagerando quando falo isso. 

Colin é um prodígio e muitas pessoas o consideram gênio, mas ele acredita que para ser um gênio você deve criar coisas, e não apenas aprender o que os outros já descobriram. Ele fala fluentemente 11 línguas, adora anagramas, não sabe sussurrar e já namorou dezenove Katherines. Com as mesmas nove letras. Hassan é filho de árabes, não é terrorista, é gordinho e jura que eles tem uma sociedade secreta, fala alemão e é fã da juíza Judy (seja lá quem ela for) e Jornada nas estrelas. É o cara mais irônico e divertido do livro, foi por causa dele que dei muitas risadas enquanto lia. Lindsey é filha da Hollis, a dona da fábrica que gera o emprego para a cidade de Gutshot toda. Ela namora um cara também chamado Colin, e os garotos o chamam de OOC (o outro Colin). Ela teve um passado emo-punk-gótico e segundo ela, já foi feia. Lindsey ensina Colin a atirar, mas morre de medo de armas. 
Esses são os três protagonistas da histórias e os mais envolvidos com o teorema.

Agradeci muito pela matemática do livro ser opcional, pois está em um apêndice, não aguentaria ter que ler sobre matemática, eu gosto tanto de matemática quanto gosto de ovo cru, e ler sobre isso me mataria de tédio, felizmente não fui obrigada a ler para terminar o livro[7].

Ri muito com algumas notas de rodapé e aprendi com elas também, principalmente palavras em alemão, demorei a conferir os anagramas8, tentei fazer um e concluí que traduzir esse livro não foi nada fácil. Algumas palavras tinham que se encaixar na história e eu não sei como tudo deu certo.
O Teorema Katherine conquistou meu coração logo nas primeiras páginas. O livro foi escrito de maneira tão descontraída que senti como se alguém estivesse me contando a história bem ao meu lado, e isso foi muito maneiro. Palavras nunca são suficientes para falar de livros como esse, que mexe com a gente, por isso digo apenas que O Teorema Katherine já é favorito. ♥


¹ - Anagramatizado assim: Aí, leve esse muro! - É, Raul, mie! Vê isso. 
² - Como todo prodígio, Colin não consegue entender metáforas como "está chovendo canivetes".
³ - Árabe não terrorista, segundo ele mesmo.
4 - Cadáver que supostamente começou a primeira guerra mundial.
5 - Pelo menos na nossa pátria.
6 - Toda a explicação sobre essa palavra está no livro, mas acho que dá para saber o que é.
7 - Acabei lendo do mesmo jeito.
8 - O único anagrama para anagrama que consegui fazer é: Ama grana.

Mas Colin sempre podia contar com os livros. Os livros são o melhor exemplo de Terminado: deixe-os de lado e eles o esperarão para sempre; dê-lhes atenção e sempre retribuirão seu amor.

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