O Lado Bom da Vida foi o primeiro livro que eu li esse ano. Era um daqueles livros que estavam na minha estante já há bastante tempo, mas eu nem me lembrava de ter ele. Não sei nem dizer se ganhei ou comprei, nem tinha tanta vontade de ler, mas eu quis dar uma chance por ser do Matthew Quick, que escreveu Perdão, Leonardo Peacock, uma leitura que — estou sempre repetindo aqui no blog — me marcou muito.
Se em Perdão, Leonard Peacock o autor trata de um tema delicado como suicídio, em o Lado Bom da Vida ele escreve sobre um tema tão delicado quanto: transtornos mentais, e como eles afetam a vida das pessoas.
No livro, Pat acaba de ser liberado do hospital psiquiátrico, graças ao esforço de sua mãe, e está voltando para casa. Inicialmente, nós não sabemos o que aconteceu ou como ele foi parar lá, somente conseguimos entender que foi algo muito ruim, que abalou Pat de tal forma que ele não consegue se lembrar do acontecido com clareza. De volta para casa, Pat se prepara para o que ele chama de "Fim do Tempo Separados", que é o momento em que vai reencontrar sua esposa, Nikki. Sua preparação inclui ser um bom esposo para Nikki, o que significa ler os livros que ela indica para seus alunos (Nikki é professora), malhar e se alimentar bem (Pat é obcecado com academia), fazer coisas que tinha prometido a Nikki que faria, ser, enfim, uma boa pessoa. O problema é que Nikki pediu divórcio, e fica claro para o leitor que talvez o Fim do Tempo Separados nunca chegue. Mas Pat acredita que eles vão voltar, por mais que todas as evidências apontem o contrário: todos evitam mencionar o nome de Nikki, as fotos e lembranças do casamento dos dois "misteriosamente" sumiram e Nikki tem uma ordem de restrição, proibindo Pat de ficar perto dela.
- segunda-feira, março 20, 2017
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